Domingo de muito frio na capital paulista. Dois rivais tradicionais que entraram em campo mais preocupados em não perder do que ganhar. Apesar das várias peças de qualidade, São Paulo e Palmeiras maltrataram a bola e não mereceram mais do que o empate por 1 a 1, resultado que deixou ambos em situações inalteradas na tabela. O Tricolor, que não aproveitou o tropeço do líder Corinthians no sábado, segue na terceira colocação, com 34 pontos. Já o Verdão, que manteve seu fraco desempenho como visitante, é o sexto, com cinco pontos a menos. O público também não foi animador: 16.813 pessoas pagaram para ver o duelo, com renda de R$ 587.600,00.
Os dois times voltarão a campo pelo Brasileirão no próximo domingo. O São Paulo descerá a serra para fazer o clássico contra o Santos, enquanto o Verdão vai encarar uma viagem até Presidente Prudente para encarar o rival Corinthians. No meio de semana, no entanto, ambos vão jogar pela Copa Sul-Americana. O Tricolor receberá o Ceará no Morumbi. Já o Palmeiras terá o Vasco pela frente, no estádio do Pacaembu.
Golaço de Dagoberto no primeiro tempo
As equipes entraram em campo priorizando a marcação. Do lado do São Paulo, Adilson Batista, pela primeira vez desde que foi contratado, colocou o time no 3-5-2, com João Filipe formando o trio com Xandão e Rhodolfo no lugar de Cícero, enquanto Fernandinho ganhava a vaga do suspenso Lucas. Do lado palmeirense, Felipão reforçou a marcação com três volantes (Chico, Marcos Assunção e Márcio Araújo) e apenas um atacante (Kleber).
O Verdão começou melhor a partida. Marcando sobre pressão, o time deixou o Tricolor sem saída. Chico grudou em Rivaldo, Cicinho batia de frente com Fernandinho, e Dagoberto ia e voltava para tentar abrir espaços. Do lado contrário, Felipão deu liberdade para Márcio Araújo subir pela direita e Luan pela esquerda. Foi o camisa 21 alviverde que exigiu grande defesa de Rogério no início da partida.
Como o Palmeiras tinha apenas um atacante, João Filipe ficava sem função na defesa. E isso ainda deixou um buraco no meio tricolor, que não foi aproveitado pelo rival, já que Patrik estava apagado. Aos 17, o anfitrião acordou e Dagoberto, após toque de Rivaldo, quase fez em chute de fora da área. Logo depois, Marcos fez milagre em chute de Fernandinho. A partir dos 25, o Palmeiras voltou a ganhar terreno, principalmente pelo lado direito, onde Fernandinho não acompanhava mais Cicinho. Aos 27, foi a vez de Ceni brilhar ao impedir bicicleta de Luan. Kleber passou a levar vantagem sobre Xandão, o que fez o técnico Adilson Batista agir. Ele mudou a marcação, colocando Rhodolfo na esquerda, passando o camisa 13 para a direita e botando João Filipe na sobra.
Com as marcações prevalecendo, somente a qualidade poderia fazer a diferença no clássico. E foi o que aconteceu com Dagoberto, aos 41. Na primeira bola em que Rivaldo apareceu como armador, ele deu belo passe para o atacante, que se livrou de Leandro Amaro e bateu por cobertura na saída de Marcos: um golaço e 1 a 0 no marcador.
Verdão melhora e chega ao empate
Precisando dar mais força ao ataque, Felipão mexeu no Palmeiras no intervalo, sacando Márcio Araújo e colocando Maikon Leite no seu lugar. Obviamente, o time ganhou força, já que Kleber passou a ter um companheiro. O São Paulo, por sua vez, recuou a marcação para tentar encaixar um contra-ataque. O Verdão melhorou muito e, aos 11, Patrik só não empatou de cabeça porque Rogério Ceni não deixou. Aos berros, Adilson Batista pedia para o time sair mais, mas o tempo passava e nada acontecia.
A melhora alviverde muito se deu porque o time passou a aproveitar o espaço existente no meio são-paulino desde o início. Patrik, que atuou pela direita nos primeiros 45 minutos, passou a jogar mais centralizado na segunda etapa. O gol alviverde era questão de tempo e surgiu aos 16, quando Marcos Assunção cobrou falta e Henrique cabeceou no canto esquerdo são-paulino: 1 a 1 justo no marcador.
O Palmeiras seguiu melhor após a igualdade. Kleber, caindo pelos dois lados, levava ampla vantagem. Cada bola cruzada na área são-paulina dava calafrios no torcedor, apesar dos três zagueiros terem mais de 1,90m. Do meio para a frente, Rivaldo, Dagoberto e Fernandinho despareceram em campo. O treinador então mexeu, sacando o camisa 12 para colocar Marlos.
A partir dos 25, o jogo caiu de rendimento. Ninguém criava mais jogadas de perigo. No São Paulo, Cícero entrou no lugar de Rivaldo. Precavido, Felipão respondeu com João Vítor na vaga de Patrik. A partida se arrastou até o final. E, quando Cléber Wellington Abade apitou o final, as vaias tomaram conta do Morumbi. Com toda a justiça.
Créditos:Junior
Globoesporte.com
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