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Devil May Cry 4-Criticas

Com sua jogabilidade copiada por bons games como God of War e Ninja Gaiden, Devil May Cry  retorna para provar que - apesar da imitação ser a mais sincera forma de homenagem - nada vence o original.
O sistema de combate e sua complexidade satisfazem mais que qualquer outro jogo do gênero. A complexidade da customização estratégica é igualmente bem-vinda. E apesar de exageradas e um tanto afetadas, a história e a animação do personagem principal são bem-sucedidas em manter o jogador interessado e servem como bons respiros após os absurdamente poderosos chefes de fim de fase. Para os donos de Playstation 3 e Xbox 360, este jogo é simplesmente imperdível.


As cenas entre as fases são muito bem animadas e a abertura cinematográfica introduz o novato da série, Nero. Depois que uma "figura misteriosa" (Dante) assassina Sanctus, o líder religioso da Sparda (os vilões no primeiro game), Nero jura caçá-lo. Naturalmente, nada é o que parece e o game tem reviravoltas que farão você ficar tentando adivinhar a verdade até o último minuto - são tantas que chega até a ser um exagero... e o resultado é um tanto cômico. O jogo não vai ganhar prêmios por sua história, mas isso não é um demérito, afinal, este não é o objetivo dele. De qualquer maneira, mesmo capenga, ela é até melhor que as anteriores. Como bônus, os jogadores podem controlar Nero e Dante.
O foco é mesmo na jogabilidade e Devil May Cry 4 segue a tradição da série de "matar demônios com estilo". Prova disso é o sistema que premia variações de combos e ataques. Enfrente seus oponentes sempre do mesmo jeito e você não receberá os "pontos de estilo". Use a criatividade e a diversão será ainda maior... assim como os pontos. Sem falar que a pirotecnia na tela é mais legal - em parte graças à técnica de Nero de alcançar inimigos distantes com sua habilidade especial Devil Bringer.

Do início ao fim, levei onze horas para terminá-lo e toda a diversão me pareceu perfeitamente equilibrada. Apenas uma coisa pareceu um tanto inconveniente... os chefes de fase retornam várias vezes para serem enfrentados por Nero e Dante - o que pode ficar meio repetitivo. De qualquer maneira, a cada vez em que eles são enfrentados os personagens têm novas habilidades, o que faz as batalhas ficarem bem diferentes entre si. Além disso, as diferenças entre os dois personagens são abissais - e vencer com Dante, que poderia ter tempo extra de jogo, pode ser uma tarefa árdua para novos jogadores. Ele agora pode alternar entre seus três estilos de luta (Trickster, Swordsman, Royal Guard) a qualquer momento, fazendo a alegria dos jogadores que querem aprimorar suas habilidades. As diferenças entre os dois persnagens ficam ainda maiores ao final, quando destrava-se a arma Pandora - provavelmente uma das mais legais já criadas para qualquer jogo. Detalhá-la seria covardia e não quero estragar a diversão de ninguém. Vale apenas avisar que depois de obtê-la você vai querer os reencontros com os tais chefes de fase já vencidos.
A apresentação geral segue a qualidade de mercado em games desse porte. As animações são fluidas e o design e sons são igualmente caprichados. Como trilha, o Heavy Metal está de volta, portanto, jogue com o volume alto. Os tempos de carregamento foram melhorados - graças à instalação obrigatória que o game orienta os jogadores a fazer logo no início. O sistema de câmeras é ainda o ponto fraco da série, mas, novamente, isso é ignorado assim que a ação começa e a diversão dos controles hiper-sensíveis e a customização de personagens começa.
Devil May Cry 4 é assim indispensável tanto para quem gosta apenas de apertar uns botões frenéticamente quanto para os mais metódicos.

Creditos:Nero

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