Qualidade. Foi o que faltou a Avaí e Palmeiras na tarde deste domingo. O empate final por 1 a 1 ratificou a condição que as duas equipes se situam na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O time catarinense, que chegou a jogar em alguns momentos com dois homens a mais, já que Rivaldo e Gerley foram expulsos na equipe paulista, mostrou que terá muita dificuldade para fugir da zona do rebaixamento. Já o Verdão, que perdeu nova chance de se aproximar do grupo da Taça Libertadores, segue em oitavo na tabela e sem ganhar no segundo turno da competição.
As duas equipes voltarão a campo no meio da próxima semana. O Avaí irá ao Rio de Janeiro para enfrentar o Fluminense, no Engenhão. Já o Palmeiras tentará fazer as pazes com a vitória no duelo contra o Ceará, marcado para quinta-feira, no estádio do Canindé.
Empate justo no primeiro tempo
O primeiro foi marcado pela falta de qualidade técnica das duas equipes. No Avaí, mesmo com a situação dramática na tabela de classificação, o técnico Toninho Cecílio mandou um time a campo com apenas um atacante (William). No Verdão, sem Cicinho, machucado, Felipão improvisou Márcio Araújo no setor, deu uma chance a Chico no meio-campo e manteve os três homens mais ofensivos (Luan, Kleber e Fernandão).
Mal a bola havia rolado na Ressacada, o Avaí abriu o marcador. Batista desceu pela esquerda e bateu cruzado. A bola desviou em Henrique e encobriu Marcos, que só pode olhar: 1 a 0. O Palmeiras não esboçava reação, muito pela falta de criatividade da equipe, que não esboçava reação. Kleber, bem vigiado, pouco produzia, assim como Fernandão.
O que já estava difícil ficou ainda mais complicado aos 23, quando Rivaldo, que já tinha cartão amarelo, foi acertadamente expulso por Evandro Roman por fazer falta em Cleverson. Para recompor a marcação, Felipão sacou Fernandão e colocou Gerley em seu lugar. Como já virou rotina, o time passou a depender da bola parada de Marcos Assunção para levar perigo.
Evandro Roman, que havia acertado na expulsão de Rivaldo, errou ao não aplicar o mesmo critério com Pedro Ken, que já tinha cartão amarelo, fez falta feia em Luan e não recebeu o vermelho. Na cobrança, Marcos Assunção, sempre ele, colocou na cabeça de Chico, que desviou no canto esquerdo de Felipe: 1 a 1 justo no marcador, já que o Avaí, após ficar com um homem a mais em campo, não criou absolutamente mais nada.
Duas expulsões e raros momentos de emoção no segundo tempo
Quando a partida reiniciou no segundo tempo, as coisas novamente se complicaram para o Verdão, que teve mais um expulso: Gerley, que fez falta violenta no zagueiro Dirceu. Com nove homens em campo, Felipão deslocou Luan para fazer a lateral-esquerda e passou a se preocupar claramente em não tomar gol. Só que o Avaí, por sua vez, além de seguir omisso no ataque, passou a cometer inúmeras faltas na intermediária, o que permitia os cruzamentos perigosos de Marcos Assunção.
Aos 16, foi a vez do time da casa perder um atleta: Rafael Coelho, que havia acabado de entrar para dar mais força ofensiva, acertadamente recebeu cartão vermelho por acertar Kleber por trás. Com dez, os catarinenses finalmente levaram perigo ao gol defendido por Marcos: William, em dois lances, foi travado pela defesa palmeirense na hora do chute quando se aprontava para concluir ao gol defendido por Marcos. Aos 33, na melhor oportunidade, Cleverson invadiu a área e, cara a cara com o goleiro rival, tentou bater por cobertura, mas não teve qualidade para tanto.
O Palmeiras, que até então não havia levado perigo, chegou em cobrança de escanteio de Marcos Assunção, que exigiu grande defesa de Felipe. Foi o últmo momento de emoção de uma partida que se arrastou até o final e não mereceu ter um vencedor.
Créditos:Junior
Globoesporte.com
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