Após três derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro, a Carroça Desembestada do Ceará achou seu rumo. Melhor nos 90 minutos, o time dava a impressão de que novamente iria parar nas mãos do goleiro e capitão Rogério Ceni - ele pegou tudo na vitória tricolor por 2 a 0, no dia 19 de junho, pelo nacional. No entanto, aos 48 minutos do segundo tempo, Marcelo Nicácio fez o Presidente Vargas explodir de alegria com uma bomba avassaladora: 2 a 1 e vantagem no primeiro duelo pela Copa Sul-Americana.
Rivaldo abriu o placar, e Rudnei empatou ainda no primeiro tempo, nos acréscimos. Denilson foi expulso, deixando o São Paulo com um jogador a menos durante quase toda a segunda etapa.
As duas equipes voltarão a se enfrentar no próximo dia 24, no Morumbi. Se arrancar um empate ou vencer, o Ceará ficará com a vaga. Ao São Paulo, basta uma vitória por 1 a 0 - ou por dois ou mais gols de diferença. Se ganhar por 2 a 1, a disputa será nos pênaltis. Se fizer de 3 a 2 em diante, com um gol de diferença, a vaga ficará com os cearenses, pelo critério de gols fora de casa.
O adversário deste confronto brasileiro sairá da partida entre Libertad-PAR e o ganhador do jogo entre Juan Alrich-PER e La Equidad-COL. No próximo fim de semana, Ceará e São Paulo voltam a jogar pelo Campeonato Brasileiro. O primeiro encara o Coritnthians no Pacaembu, às 16h de domingo, e o segundo recebe o Atlético-PR no Morumbi, às 18h30m de sábado.
Dois gols, chances perdidas e Ceará melhor em empate no primeiro tempo
Um jogo incrível, aberto, repleto de oportunidades e que premiou os torcedores que compareceram em grande número ao Presidente Vargas. Do lado do Ceará, querendo dar um basta no momento adverso do time, o técnico Vagner Mancini escalou três jogadores ofensivos: Felipe Azevedo, Roger e Osvaldo. Do lado são-paulino, Adilson Batista perdeu Dagoberto, sentindo dores na coxa esquerda, e apostou em Fernandinho ao lado de Cícero na frente.
Tão logo a bola rolou com o apito de Sandro Meira Ricci, os dois times foram ao ataque. Em quatro minutos, foram criadas duas chances de gol para cada lado. O Ceará só não abriu o marcador porque Rogério Ceni fez grandes defesas em lances de Fabrício e Osvaldo. Do outro lado, Diego brilhou em chute cara a cara de Fernandinho e depois viu Cícero desperdiçar uma grande oportunidade de cabeça quando estava sozinho na pequena área.
O equilíbrio registrado no começo mudou um pouco de figura a partir dos 15, quando o Ceará apertou a marcação e deixou o São Paulo sem saída. Os visitantes passaram a ter problemas nas duas laterais. Em dois lances, o time da casa chegou com perigo, mas Roger e Rudinei, ambos em lances de cabeça, perderam chances incríveis. Aos 22, Rogério Ceni fez um verdadeiro milagre em carrinho de Roger. Na sequência do lance, Fernandinho escapou em rápido contra-ataque pela esquerda, avançou e cruzou para Rivaldo, que empurrou para a rede: 1 a 0 para o Tricolor, no momento em que o Vozão era melhor em campo.
Mesmo em desvantagem, o Ceará não perdeu o embalo e seguiu em cima do São Paulo, que voltou a ficar acuado. Aos 39, Rogério Ceni evitou gol de falta de Diego Sacoman. Já nos acréscimos, no entanto, o time da casa chegou ao empate. Osvaldo fez grande jogada pela direita e cruzou na medida para Rudnei, que fez um golaço de letra: 1 a 1.
Após lesões e expulsão de Denilson, Ceará batalha e consegue a vitória
Se as coisas não terminaram fáceis para o São Paulo no primeiro tempo, pioraram na segunda etapa. No intervalo, Rhodolfo reclamou de dores na coxa e pediu para sair. Sem outro beque à disposição, a alternativa de Adilson Batista foi colocar Jean no meio e improvisar Denilson na zaga, ao lado de João Filipe. Só que o camisa 15, que já tinha cartão amarelo, fez falta feia em Osvaldo e foi expulso. O treinador, então, colocou o paraguaio Piris na zaga e recuou Jean para a lateral direita. Do lado cearense, Vagner Mancini deu novo gás no ataque, com Marcelo Nicácio na vaga de Roger.
Curiosamente, com um homem a mais em campo, o Ceará não conseguiu ditar o ritmo. Adilson recuou Cícero para ser terceiro volante, deixou Rivaldo isolado na frente, e coube a Fernandinho e Juan, um por cada lado do campo e de maneira alternada, fazerem a bola chegar ao ataque. Osvaldo, que infernizou a defesa são-paulina, cansou na etapa complementar e, com isso, a partida ficou equilibrada.
O treinador são-paulino foi obrigado a fazer nova alteração por lesão, já que Fernandinho se machucou e deu lugar a Marlos. No Ceará, Mancini partiu para o tudo ou nada com a entrada de Washington, especialista na bola parada, na vaga do lateral-direito Boiadeiro. O Ceará só chegou com perigo pela primeira vez aos 28, em lance de Marcelo Nicácio. Logo depois, Ceni fez grande defesa em chute de Michel. O treinador tricolor queimou seu terceiro cartucho, com Henrique Miranda no lugar de Rivaldo. O garoto assumiu a lateral esquerda, e Juan ganhou mais liberdade pelo meio.
Nos últimos minutos, o Ceará partiu para o abafa novamente, ocupou o meio-campo e encurralou o São Paulo. Ceni, com os pés, evitou gol de Nicácio. Aos 41, novo duelo entre eles em cobrança de falta, e nova defesa do camisa 1. Na terceira, no entanto, não teve jeito e, após disputa na área, Nicácio soltou uma bomba indefensável e garantiu a justa vitória do Ceará.
Créditos:Junior
Globoesporte.com
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