O deputado Aldo Rebelo, do PC do B paulista, é o novo ministro do Esporte. Convidado pela presidente Dilma Rousseff em reunião no Palácio da Alvorada, Rebelo aceitou o chamado e anunciou uma coletiva para a tarde desta quinta-feira.
Ele assume o posto deixado por Orlando Silva, do mesmo partido, na noite de quarta-feira, após denúncias de que ele participaria de um esquema de desvio de recursos públicos. Orlando sempre negou participação em qualquer irregularidade, que não foram provadas.
Jornalista de formação, Rebelo, de 55 anos, está no sexto mandato de deputado federal e já foi ministro de Relações Institucionais do governo Lula entre 2004 e julho de 2005.
Apoio de Orlando Silva
Logo pela manhã, o ex-ministro Orlando Silva já dava pistas de quem deveria ser o substituto no cargo. No Twitter, Silva escreveu "Bom dia @aldorebelo ! Deus ilumine teus caminhos. Bom trabalho!". Até então, Rebelo era apenas bem cotado como a indicação do PC do B ao posto, e não havia sido oficialmente nomeado. O político terá importante participação lado a lado com a Fifa nas possíveis mudanças do texto da Lei Geral da Copa e na coordenação do evento.
Entenda a crise no ministério
A crise no Ministério do Esporte começou há onze dias com a publicação pela revista "Veja" de denúncias contra Orlando Silva pelo policial militar de Brasília, João Dias Ferreira, que disse que o político seria mentor e beneficiário de um esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que estimula a prática desportiva de crianças carentes. Segundo Dias, o grupo que comandava o esquema cobrava uma propina de até 20% das entidades que assinavam os convênios do programa. Um funcionário atual de Dias, Célio Soares Pereira, que teria participado do esquema chegou a afirmar à revista ter entregue dinheiro diretamente ao ministro.
Após a publicação, diversos veículos de imprensa denunciaram uma série de irregularidades nos convênios do programa, que beneficiariam principalmente o PC do B, partido do agora ex-ministro. O partido negou as irregularidades e afirmou que os convênios também foram realizados com prefeituras e estados de outros partidos. No último fim de semana, "Veja" trouxe a transcrição de uma gravação que teria sido feita pelo PM em uma reunião com subordinados de Orlando em que teria sido discutido como fraudar um documento para que o ministério pudesse recuar em uma cobrança feita ao policial. O ministério abriu sindicância para investigar os dois servidores que teriam participado da reunião. E, na última terça, o Supremo Tribunal Federal deu partida a um inquérito para investigar o caso, enfraquecendo ainda o ex-coordenador da Copa no país.
Orlando Silva ocupava a pasta desde 2006, com o presidente Lula, e se manteve com Dilma. Seu antecessor, o atual governador do DF, Agnelo Queiroz, também foi citado e está sendo investigado
Créditos:Junior
Globoesporte.com
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