Quando a DC anunciou os (agora falecidos) Novos 52, não sabíamos o que esperar destas histórias. Seria um retorno às origens? Seria uma abordagem completamente inovadora? Ou nada mudaria? Na verdade, foi tudo ao mesmo tempo: Flash foi um retorno às origens, Superman foi ousadamente (e bem ruim) inovador e Batman... foi mais do mesmo. “E onde o Arqueiro Verde se encaixa?” você pergunta. Bom, essa é uma resposta interessante (ou não) pois ele não se encaixa em nenhuma opção… ao mesmo tempo que são as duas primeiras. Antes de partir para as considerações sobre Arqueiro Verde: Máquina Mortífera, uma breve contextualização.
As aventuras de Oliver Queen nos Novos 52 pouco remetem às histórias clássicas do herói, porém também não são inovadoras, pois remetem à sua origem… Na série de TV. É extremamente claro que a HQ visa atrair o público que acompanha a série Arrow. Detalhes como Oliver começar suas histórias narrando sua vida até o momento (claro, sempre mencionando a ilha em que ficou preso), ou como ele é um tipo de “Bruce Wayne dos pobres”. E, sinceridade, nas mãos de qualquer outro roteirista, isso daria uma história ruim, porém Jeff Lemire e Andrea Sorrentino estão para resgatar a revista da mediocridade.
Máquina Mortífera (The Kill Machine), que encapsula as edições originais 18 até a 24 (passando pela 23.1, que saiu no mês que todas as revistas focaram no vilão, ao invés do herói), em um arco que Oliver descobre alguns segredos de seu pai…Alguns que são bem complicados. Ele descobre que seu pai esteve na mesma ilha onde esteve preso, atrás de uma flecha especial (advinha? Uma flecha verde). Inclusive que, cair lá, não foi uma coincidência. Introduz um novo inimigo, na forma de Komodo, um arqueiro mais habilidoso que nosso herói.
Ah, a edição dos vilões não é sobre ele, mas sim a nova origem do Conde Vertigo.
Bom, vamos ao que interessa: A história é boa? Sim.E olha que eu não sou fã da série do Arqueiro. De fato, eu o acho um “Batman dos Pobres” mesmo, contudo, como já comentei antes, Lemire, um roteirista talentoso, salva a história da mediocridade. Se estiver esperando ver o Oliver clássico, no entanto, desista. Este será um prato indigesto. Ele é o “Oliver da série” sem tirar nem por. De fato, se estivermos falando das histórias do Arqueiro, ele me lembra mais na época que Connor era o herói (Connor Hawke, filho do Oliver pré-Novos 52). Mas, se estiver disposto a ignorar isso, o roteiro é bem interessante, introduzindo um mistério muito legal. E a história do Conde Vertigo é excelente.
Também é digno de menção a arte de Andrea Sorrentino, que consegue trazer um dinamismo ao roteiro de Lemire.
Fontes: Formiga Elétrica
Créditos:Nero
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