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Resenha Retrô: The Last of Us (PS3) – O Legado de Uma Jornada que Definiu Uma Geração

 


Plataforma Original: PlayStation 3 | Desenvolvedora: Naughty Dog | Diretor Criativo: Neil Druckmann | Lançamento: 2013

Lançado no final do ciclo do PlayStation 3, The Last of Us não foi apenas um jogo de videogame; foi um evento cultural. A Naughty Dog, conhecida por Uncharted, trocou a aventura pulp pelo drama pós-apocalíptico brutal e íntimo. O resultado foi uma obra que elevou o padrão para a narrativa interativa e forçou os jogadores a confrontarem a moralidade em um mundo devastado.


1. A Premissa: Humanidade em Ruínas

A história se desenrola vinte anos após uma pandemia causada pelo fungo Cordyceps transformar a maior parte da humanidade em criaturas infectadas (os Clickers e Bloaters). O mundo é um deserto moral, dominado por facções violentas e pela lei do mais forte.

O jogo acompanha Joel Miller, um sobrevivente endurecido pelo luto e pelo tempo, que recebe a tarefa de escoltar Ellie, uma adolescente imune à infecção, através dos Estados Unidos. A jornada, que começa como um simples trabalho de contrabando, rapidamente se transforma em uma relação de pai e filha substituta, que é o verdadeiro coração da narrativa.

2. O Triunfo da Narrativa e das Atuações

O que distingue The Last of Us é a sua escrita e a profundidade emocional alcançada através da tecnologia de performance capture.

  • O Peso da Consequência: A Naughty Dog nos forçou a ver a brutalidade não como um espetáculo, mas como uma necessidade de sobrevivência. As mortes são feias e as escolhas morais de Joel são constantemente questionadas, culminando em um dos finais mais debatidos e ambíguos da história dos videogames.

  • A Relação Joel e Ellie: A química entre os atores Troy Baker (Joel) e Ashley Johnson (Ellie) é o pilar da experiência. O diálogo, muitas vezes silencioso ou banal, constrói uma conexão crível e dolorosa entre os dois. A narrativa é uma exploração profunda do amor incondicional e do que se está disposto a sacrificar por ele.

3. O Gameplay: Sobrevivência e Tensão

O gameplay suporta perfeitamente a tensão narrativa.

  • Foco no Recurso: The Last of Us é um survival horror em sua essência. Munição e materiais de crafting são extremamente escassos, forçando o jogador a usar a furtividade (stealth) e a planejar cada confronto.

  • Ouvido Tático: A mecânica de "Modo de Escuta" (que permite a Joel ouvir a movimentação através de paredes) é fundamental, mas a ameaça sonora dos Clickers (guiados pelo eco) é o que realmente cria a tensão constante e a fragilidade do protagonista.

Veredito Final (Resenha Retrô)

The Last of Us é um clássico atemporal. Ele provou que narrativas maduras, centradas em personagens complexos e falhos, poderiam ser entregues com o mesmo peso e qualidade do melhor cinema. Em 2013, ele serviu como um epitáfio perfeito para o PS3, espremendo o máximo de poder gráfico e emocional do console. Revisitar este jogo hoje é entender por que sua história e personagens continuam sendo adaptados e reverenciados.

Nota da Resenha Retrô: 10/10 – Uma obra-prima do drama interativo que redefiniu o potencial narrativo dos videogames.

Créditos: Henrique

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