Resenha Retrô: Os Cavaleiros do Zodíaco – Alma dos Soldados (PS3/PS4) – A Tentativa Final de Queimar o Cosmo Supremo

 

Plataforma Original: PlayStation 3 e PlayStation 4 | Desenvolvedora: Dimps | Distribuidora: Bandai Namco Games | Lançamento: 2015

Lançado em 2015, Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma dos Soldados (Saint Seiya: Soldiers' Soul) foi a terceira e última tentativa da Dimps de acertar a fórmula de um jogo Saint Seiya na geração PS3/PS4. Aproveitando a estética cel shading e a base de combate de Bravos Soldados, este título tentou ir além, focando na Saga de Asgard (que havia sido negligenciada em jogos anteriores) e na introdução das chamadas Armaduras de Ouro Divinas.

1. A Evolução Gráfica e a Nova Saga

A principal razão de ser de Alma dos Soldados é o fan service e a inclusão de conteúdo que faltava nos títulos anteriores.

• Foco em Asgard: Pela primeira vez, a Saga de Asgard e seus Guerreiros Deuses (God Warriors) receberam tratamento completo, com um modo história dedicado. Essa inclusão foi muito celebrada pelos fãs, preenchendo uma lacuna significativa no lore jogável da franquia.

• Armaduras Divinas de Ouro: Inspirado pela série Soul of Gold (lançada na mesma época), o jogo permitiu aos jogadores desbloquear e usar as poderosíssimas Armaduras de Ouro Divinas (God Cloths) para os 12 Cavaleiros de Ouro. Visualmente, elas são espetaculares e adicionam uma camada extra de poder e brilho ao roster.

• Melhorias Visuais: O jogo recebeu um notável upgrade gráfico em relação a Bravos Soldados, com efeitos de partículas e iluminação que realmente faziam o Cosmo parecer mais brilhante, especialmente na versão de PS4.

2. O Combate: Mais Polido, Mas Familiar

O sistema de combate permaneceu como um brawler 3D de arena, herdado de Bravos Soldados, mas com ajustes finos:

• Novas Mecânicas de Evasão: O gameplay ficou mais rápido e focado em esquivas, tornando os duelos mais estratégicos e menos dependentes do spam de golpes.

• O Problema da Repetição: No entanto, o núcleo do combate continuou sendo a mecânica simples de Big Bang Attacks e combos fáceis de memorizar. Isso significava que, embora os move sets fossem distintos, a sensação geral do combate permanecia parecida com a dos jogos anteriores.

• Modo História Simplificado: Assim como em Bravos Soldados, o modo história principal (agora chamado de "Lenda do Cosmo") ainda usava painéis de texto e imagens estáticas para ligar as batalhas, falhando em entregar o drama cinematográfico que o anime original merecia.

3. O Valor de "Jogo Definitivo"

Para a comunidade, Alma dos Soldados representou a compilação mais completa do cânone clássico. Com a inclusão das sagas Santuário, Poseidon, Hades e Asgard (e a adição das Armaduras Divinas), o roster atingiu seu pico máximo de personagens icônicos.

O jogo é uma celebração pura do fan service e um presente para aqueles que sempre quiseram jogar com Hyoga contra Hagen de Merak ou enfrentar Hades com Armaduras Divinas.

Veredito Final (Resenha Retrô)

Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma dos Soldados é o jogo que aprimorou, mas não reinventou a fórmula de luta 3D de Saint Seiya no PS3. Ele se destaca pela introdução da Saga de Asgard e pelo visual deslumbrante das Armaduras de Ouro Divinas. Se você gostou de Bravos Soldados, esta é a versão definitiva, mais bonita e com mais conteúdo. Ele é o final de uma trilogia que deu aos fãs exatamente o que eles pediram: muitos Cavaleiros, muito Cosmo e muito fan service.

Nota da Resenha Retrô: 8.0/10 – O melhor jogo de luta 3D da franquia, essencial para os fãs que buscam o roster mais completo e o brilho máximo das Armaduras.

Créditos: Henrique